quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mini-Conto: Carta a minha filha*

Sei que as coisas não estão conforme os nossos sonhos. Perder a confiança nos que amávamos nos faz cegas tateando entre a escuridão. Mas lembre-se: por mais que a desilusão nos atinja, estamos juntas, a nos aquecer com a única coisa que importa: a nossa pequena família.
Então levante a cabeça, seque às lágrimas e junte os seus livros. Todo dia é um recomeço e o nosso bate na porta todos os segundo."
*O título é uma brincadeira com o livro "Carta ao pai" de Franz Kafka.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Eu e o Horário de Verão

Sol alto, mulheres saradas correndo a beira mar, gatos (alguns escaldados) observando na areia e todos dizendo viva o horário de verão. Somado a isso, existe aquele médico, dando uma entrevista no jornal de horário nobre, afirmando que no máximo em uma semana o organismo de todas as pessoas estará perfeitamente adaptado.
Nesse momento, eu, que moro em uma cidade em que areia, só das obras, e mar, só de pessoas, com um corpo e uma mente que só irão se reajustar em fevereiro, não sei se choro ou dou risada.
Economia, necas, pois a lâmpada que estava apagada por ter sido substituída pelo sol nos últimos dias, voltou a ser requisitada já que ao abrir os olhos encontro a escuridão.
Minha barriga, não existe iogurte que salve, mas isso é o de menos. Tenho medo de começar a babar no trabalho ou dormir na aula. Em alguns momentos me pego pensando se existe um complô interno contra a minha pessoa... mas depois desisto, é externo mesmo.
Perdi em 50% a minha capacidade de pensar, desisti até mesmo de reclamar. O jeito é aguentar e aguardar pelo fim de mais um terrível, temido e odiado horário de verão.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Dia da Criança

Hoje é um dia para retrospectiva. 24 horas para refletir sobre o que queremos para a nossa vida ao olhar para a criança mais próxima.

Sim, pois se as crianças são o futuro, os pais são os responsáveis por moldar essas mentes, que às vezes parecem mais bitoladas por computadores e programas de televisão, do que pequenos cidadãos sendo preparados para viver em sociedade.

Cada vez que se evita um "não" ou se deixa um filho ultrapassar os limites sem punição, o futuro está ganhando mais um contraventor ou criminoso.

Colocar um filho no mundo exige responsabilidade civil e criminal. Não adianta reclamar que a mulher da favela tem 9 filhos se o teu único faz coisas piores que todos os dela, e pior, com o seu total consentimento.

Nesse dia da criança, vamos refletir sobre o futuro e dar aos pequenos os que eles imploram todos os dias: carinho, atenção e limites.