Sol alto, mulheres saradas correndo a beira mar, gatos (alguns escaldados) observando na areia e todos dizendo viva o horário de verão. Somado a isso, existe aquele médico, dando uma entrevista no jornal de horário nobre, afirmando que no máximo em uma semana o organismo de todas as pessoas estará perfeitamente adaptado.
Nesse momento, eu, que moro em uma cidade em que areia, só das obras, e mar, só de pessoas, com um corpo e uma mente que só irão se reajustar em fevereiro, não sei se choro ou dou risada.
Economia, necas, pois a lâmpada que estava apagada por ter sido substituída pelo sol nos últimos dias, voltou a ser requisitada já que ao abrir os olhos encontro a escuridão.
Minha barriga, não existe iogurte que salve, mas isso é o de menos. Tenho medo de começar a babar no trabalho ou dormir na aula. Em alguns momentos me pego pensando se existe um complô interno contra a minha pessoa... mas depois desisto, é externo mesmo.
Perdi em 50% a minha capacidade de pensar, desisti até mesmo de reclamar. O jeito é aguentar e aguardar pelo fim de mais um terrível, temido e odiado horário de verão.