domingo, 9 de maio de 2010

Prólogo - Página 6

– Imagino que queira ficar com o último objeto que ele carregava – disse enquanto colocava a mão na abertura e segurava a pedra.

– Objeto? – perguntou Elvira, tentando se esquivar de Irina. Mas seus olhos se arregalaram quando viu a pedra saindo da pasta de seu filho – Não... Não... era para você ficar com ela. Você o matou!

– Não. – Corrigiu Irina – Você o matou. Assim como matou o seu neto. Agora ela é sua. – disse com calma, virando as costas, mas num último momento, se virou – ah... eu não quero nada de vocês.

– Você não tem direito a nada, mulherzinha vulgar.

– Tenho – respondeu Irina – tenho o direito de saber que você nunca mais irá dormir em paz.

Irina virou as costas para Elvira e caminhou em direção a saída do cemitério. Esta, por sua vez, num ato de fúria atirou a pedra contra a lápide, quebrando-a em três triângulos.

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