Na sala de café da manhã em um hotel em Gramado, o atendente explica para os turistas vindos, pelo sotaque, do nordeste do Brasil:
- Os gaúchos são os descendentes dos índios. Eles que usavam as facas, calças e botas que hoje fazem parte das tradições nos CTGS.
- Mas aqui são todos gaúchos, não? Pergunta o turista.
- Não – responde o rapaz – Aqui em Gramado são os descendentes de alemães, em Canela estão os gaúchos.
A conversa seguiu com informações totalmente desconexas. Quando a turma foi embora, o casal que estava ao nosso lado chamou o rapaz, que se animou no mesmo tom da conversa. Lá pelas tantas, a senhora questiona:
- Mas você não é gaúcho?
- Não, eu sou descendente de alemão.
- E onde você nasceu?
- Aqui.
Lembrei-me dos estádios de futebol, onde diferentes pessoas, de todas as descendências, raças e crenças gritam em alto e bom tom “Ah, eu sou gaúcho”. No caso do rapaz, imagino que ele não se considere nem brasileiro. O que talvez não saiba é que se ele for fazer uma viagem para a Alemanha, não será tratado como um deles, mas como um turista, pois por mais que ele negue, ele é brasileiro e gaúcho.
Fiquei imaginando o que gera essa necessidade de superioridade pobre, onde o preconceito é latente em cada palavra, onde o racismo com a cidade ao lado é claro como água. O quanto isso deve afetar o nosso dia-a-dia? A escolha dos políticos? O que deve ser melhorado? O que deve ser preservado?
São pessoas que não amam a terra que acolheu os seus antepassados, que as renegam mesmo quando tiram o seu sustento dela. A ignorância sobre a história é aceitável, mas essa negação é digna de obrigar a criatura é frequentar um curso de cidadania.
- Os gaúchos são os descendentes dos índios. Eles que usavam as facas, calças e botas que hoje fazem parte das tradições nos CTGS.
- Mas aqui são todos gaúchos, não? Pergunta o turista.
- Não – responde o rapaz – Aqui em Gramado são os descendentes de alemães, em Canela estão os gaúchos.
A conversa seguiu com informações totalmente desconexas. Quando a turma foi embora, o casal que estava ao nosso lado chamou o rapaz, que se animou no mesmo tom da conversa. Lá pelas tantas, a senhora questiona:
- Mas você não é gaúcho?
- Não, eu sou descendente de alemão.
- E onde você nasceu?
- Aqui.
Lembrei-me dos estádios de futebol, onde diferentes pessoas, de todas as descendências, raças e crenças gritam em alto e bom tom “Ah, eu sou gaúcho”. No caso do rapaz, imagino que ele não se considere nem brasileiro. O que talvez não saiba é que se ele for fazer uma viagem para a Alemanha, não será tratado como um deles, mas como um turista, pois por mais que ele negue, ele é brasileiro e gaúcho.
Fiquei imaginando o que gera essa necessidade de superioridade pobre, onde o preconceito é latente em cada palavra, onde o racismo com a cidade ao lado é claro como água. O quanto isso deve afetar o nosso dia-a-dia? A escolha dos políticos? O que deve ser melhorado? O que deve ser preservado?
São pessoas que não amam a terra que acolheu os seus antepassados, que as renegam mesmo quando tiram o seu sustento dela. A ignorância sobre a história é aceitável, mas essa negação é digna de obrigar a criatura é frequentar um curso de cidadania.
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