Um homem em nu frontal, exposto sem barreiras ou censuras. Assim começa Shame, ironizando ao mostrar uma imagem que é o oposto do personagem.
Brandon (Michael Fassbender) nunca chega no horário, não se permite ter relações efetivas estáveis e extravasa suas neuroses no sexo, tornando este mais uma compulsão do que um prazer.
Seu mundo é sacudido com a chegada da irmã, uma mulher que se envolve rapidamente e já flertou com a morte várias vezes. Ao resolver ser cuidada pelo irmão, tira totalmente a sua intimidade, fazendo com que Brandon acumule toda a sua raiva, até explodir.
Aliás, Cissy (Carey Mulligan) é a responsável por uma das cenas mais bonitas, ao dar uma nova (e melancólica) versão a música New York, Nem York. A voz doce toca o mais duro dos telespectadores, pois sua solidão invade o ar e a torna palpável.
Os dois personagens são solidários. Como irmãos, carregam um peso que afetou definitivamente a sua forma de viver, e isso os fazem procurar por uma falsa segurança ao seguir suas compulsões.
Um filme para observar e refletir, não é para rir ou procurar um final feliz. Mas também não é extremamente marcante, já que o seu contexto não foge muito de algumas histórias, que julgamos malucas, e estão nos jornais diariamente.
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