Indicado a 12 categorias do Oscar (incluindo melhor filme e
ator), o filme tem inicio no campo de batalha. O presidente Lincoln conversa
com dois soldados negros e a seguir dois brancos se aproximam. Neste momento
fica claro o fato de ele ser um homem aberto ao diálogo e que não faz diferença
entre as raças.
Steven Spielberg não faz uma biografia, mas utiliza a guerra
civil americana para retratar a parte histórica e política de uma época tão conturbada,
onde com negociação de votos e interesses, ele busca acabar com a escravidão
através da aprovação de uma emenda (a 13ª). O filme não é nada parecido com
outro de seus títulos, o que poder gerar um pouco de descontentamento em seus fãs.
Tendo como base o livro de Doris Kearns Goodwin (Team of
Rivals: The Genius of Abraham Lincoln) e a maravilhosa atuação de Daniel
Day-Lewis, o filme não se utiliza das imagens de guerra para causar impacto.
Ele é todo baseado em diálogos, sejam familiares, sejam estratégicos.
Se por um lado Lincoln precisava demostrar força entre os
membros do seu partido para levar durante um período sangrento uma emenda
polêmica, por outro ele tinha que encarar seus fantasmas pessoais, como o
desejo do filho de se alistar e a esposa sofrida (e muitas vezes chata) que não
queria perder outro filho.
Por ser linear, o filme pode parecer longo demais, ao mesmo
tempo ele nos desperta a atenção por ver que todos os jogos noticiados em
jornais e revistas brasileiros não são nada atuais. A diferença é que no caso
de Lincoln, a razão dele era justa, podendo abrir uma discussão ética se é ou
não o caso do fim justificar os meios.
Eu, particularmente, gostei do enredo, atuações e como essa
parte da história foi abordada. E recomendo para todos que gostam de aprender
mais sobre fatos políticos e estudantes, pois o filme é uma ótima forma de
guardar na memória um importante fato político e ao mesmo tempo realizar links
com fatos atuais.
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