terça-feira, 8 de outubro de 2013

Olhe para si



Estamos vivendo em uma época onde o termo liberdade de expressão encontra vários canais. Comunidades, blogs, redes sociais, estão ai para desabafos, brincadeiras e trocas de informação. Ao mesmo tempo muitos não entendem o que estão lendo, se magoam e ofendem aqueles que não agem ou pensam iguais a eles.

Nestes casos, o fato de alguém dizer que se magoou com o que foi escrito, mesmo quando não direcionado para a pessoa, me faz pensar que ela não está bem consigo mesma. Se alguém escrever: todos os que não comem cebola precisam de aulas de culinária, eu vou rir, não irei me magoar. Não comer cebola é uma escolha minha, não gosto, tenho convicção disso, e não é um comentário que irá afetar a minha vida.

Lembro na época da pré-adolescência, quando apelidavam uma pessoa cujo tipo físico era semelhante ao meu, eu também me inquietava, pelo fato de não estar bem com o espelho. Ficava magoada, irritada, mesmo não sendo direcionado pra mim. Procurava mil defeitos nos criadores dos apelidos, sem perceber que bastava encarar aquilo que eu julgava indesejado. 

Então para aqueles que se magoam facilmente com a escrita alheia, dois conselhos: primeiro entenda o contexto da afirmação que lhe causou a mágoa (o seu humor irá influência muito na leitura, então uma nova leitura no dia seguinte é benvinda) depois olhe para si. Se machucou, é por que você fez (ou faz) algo que julga não estar certo, ou não se esforçou como deveria, ou até mesmo não agiu quando era necessário.

Antes de acusar o autor, descubra por que, ele sem querer, colocou o dedo na ferida. É uma terapia gratuita, que pode te ajudar a resolver algo que está ali lhe incomodando.

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