Belo Horizonte, 1940
No salão, todos os poderosos de Minas Gerais. Garçons serviam iguarias francesas em pratos de porcelana, enquanto os convidados abriam guardanapos de linho e degustavam champagne em copos de cristais. Na mesa central, um jovem de cabelos pretos muito sorridente levava aos lábios a mão da jovem ruiva, de frios olhos verdes. Com o vestido branco rendado, cheio de pérolas, lembrava uma princesa russa. Mas não passava de uma vulgar emigrante encontrada por seu filho.
Com esse pensamento, Elvira atravessou o salão com um sorriso congelado nos lábios. Com movimentos leves, o seu longo vestido azul mal tocava o chão. O único contraste em sua figura era a mão esquerda, que ela abria e fechava várias vezes, como se estivesse sentindo alguma dor.
– Madame Elvira. A festa está maravilhosa. – uma convidada lhe tomou o braço.
– Madame Sílvia. É uma honra ouvir essas palavras da mulher mais elegante de Belo Horizonte.
– Imagina. – O sorriso de Madame Sílvia se ampliou. Ela continuou falando amenidades, Elvira apenas sacudia a cabeça. Mas seus olhos passavam por todas as mesas até localizar quem desejava.
– Madame Sílvia. Prometo sentar em sua mesa em instantes para continuarmos nossa conversa. Mas um dos convidados está me chamando.
– Claro. Como mãe do noivo você deve circular. Mas vou ficar lhe esperando.
No salão, todos os poderosos de Minas Gerais. Garçons serviam iguarias francesas em pratos de porcelana, enquanto os convidados abriam guardanapos de linho e degustavam champagne em copos de cristais. Na mesa central, um jovem de cabelos pretos muito sorridente levava aos lábios a mão da jovem ruiva, de frios olhos verdes. Com o vestido branco rendado, cheio de pérolas, lembrava uma princesa russa. Mas não passava de uma vulgar emigrante encontrada por seu filho.
Com esse pensamento, Elvira atravessou o salão com um sorriso congelado nos lábios. Com movimentos leves, o seu longo vestido azul mal tocava o chão. O único contraste em sua figura era a mão esquerda, que ela abria e fechava várias vezes, como se estivesse sentindo alguma dor.
– Madame Elvira. A festa está maravilhosa. – uma convidada lhe tomou o braço.
– Madame Sílvia. É uma honra ouvir essas palavras da mulher mais elegante de Belo Horizonte.
– Imagina. – O sorriso de Madame Sílvia se ampliou. Ela continuou falando amenidades, Elvira apenas sacudia a cabeça. Mas seus olhos passavam por todas as mesas até localizar quem desejava.
– Madame Sílvia. Prometo sentar em sua mesa em instantes para continuarmos nossa conversa. Mas um dos convidados está me chamando.
– Claro. Como mãe do noivo você deve circular. Mas vou ficar lhe esperando.
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