domingo, 25 de abril de 2010

Prólogo - Página 2

Elvira saiu rapidamente, cumprimentou mais algumas pessoas até chegar na mesa observada. Olhou para o senhor grisalho ali sentado, com um rosto sisudo, enquanto a mulher que o acompanhava bebia uma taça de champagne e conversava com outro casal.
– Doutor Alcides.
– Madame Elvira. – E sem pronunciar nenhuma outra palavra, lhe entregou disfarçadamente um maço de papeis.
Elvira retirou o xale dos ombros e os escondeu, conversando rapidamente com os demais membros da mesa. Sem delongas, despediu-se e dirigiu-se a mesa central.
– Assine – disse baixinho enquanto passava os papéis para o marido.
– Não acredito – ele exclamou – você realmente quer expulsar nosso filho de casa?
– E dos negócios. Não podemos permitir que essa...essa...essa qualquer tire qualquer coisa nossa. Mas não se preocupe, meu amor – disse docemente – esse casamento não irá durar muito... e teremos nosso filho de volta.
Sem discussão, ele assinou os papéis e Elvira os juntou com outra caixa. A festa se encaminhava para o final, os noivos se preparavam para sair quando Elvira se aproximou:
– Carlos, meu filho, isso é para você. – disse sorridente, enquanto lhe dava os papéis.
– Mudou de idéia mamãe?
– Não. – e com um sorriso ainda maior – esse é o resultado da nossa conversa. Oficializado.
– Não estou lhe entendendo mãe – e abrindo os papéis – Estou sendo expulso de casa? – exclamou enquanto os olhos passavam pelos parágrafos.
– Enquanto você estiver com ela – Elvira apontou com olhos – Sim. Você deveria saber que eu nunca ameaço. Boa sorte meu filho, espero que recupere a lucidez logo.
– Nunca vou abandonar Irina, Dona Elvira. Eu a amo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! É bom ter você por aqui. Em breve o seu comentário será postado. Dúvidas e sugestões são sempre bem recebidos.