terça-feira, 30 de julho de 2013

O fator Doutor

Hoje e amanhã os médicos estarão paralisados para protestarem contra as medidas do governo para a área da saúde. Eu, particularmente, concordo plenamente quando dizem que falta estrutura. É vergonhoso ter pessoas atiradas em corredores e no chão.

Por outro lado, observo que muitos adotam essa profissão pelos motivos errados. A medicina é como um sacerdócio, quem escolhe, precisa se doar. Doar todas as suas horas para salvar vidas, ter paciência para atender a todos, ter o coração aberto e não ter preconceito. É a profissão mais nobre para quem a abraça de verdade.

Mas muitos vão pelo glamour e impacto que a profissão exerce na sociedade, pelos salários divulgados, para acharem que são Deus. Já vi vestibulando que odiava estudar competindo por uma vaga de medicina, um curso que exige estudo eterno, só para ser chamado de doutor.

Portanto é necessário avaliação dos dois lados. O governo precisa sim oferecer mais hospitais, equipamentos, medicamentos e planos de carreira. Mas os médicos também devem estar prontos para irem atender em qualquer canto do nosso país. E atender bem. Realizar consultas de verdade, ficando olho a olho com seus pacientes, para saber quando a doença é do corpo ou da alma. Se isso não agrada a todos, existem várias outras profissões que não exigem um juramento tão complexo quanto o de salvar vidas.

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