segunda-feira, 25 de maio de 2015

Salve-se quem puder

Você está em casa, terminando de se arrumar, quando batem a porta. Você abre descansado, afinal o condomínio possui guardas e todo um arsenal de segurança, quando é surpreendido por ladrões.

Roteiro de filme americano? Não. Um ato rotineiro conforme a própria polícia de Porto Alegre.

Nos últimos meses a população parece estar dentro de um filme de faroeste. Acerto de contas em ruas movimentadas em plena luz do dia. Lojas arrombadas diversas vezes em um curto período de tempo, casas e apartamentos invadidos, sequestros, mães lutando para tirar seus filhos da cadeirinha antes do carro ser levado.

Renato Russo já perguntava nos anos oitenta que País é esse?. Se estivesse vivo, provavelmente teria muita munição para as suas músicas.

Leis em quantidade e não em qualidade, um judiciário preconceituoso, corrupção instalada em todas as áreas públicas. Não existe mais respeito. Não existe mais direito. A polícia sucateada. Saúde para poucos. Educação ninguém sabe onde se escondeu.

Enquanto o povo se divide entre petralhas e coxinhas, os políticos se abraçam nos bastidores, os impostos aumentam, os itens básicos não são atendidos. 

A conclusão de tudo isso? Hoje temos medo. Vivemos na ditadura da bandidagem. O exército que invade lojas e casas só não tem farda. O exército que transfere as nossas riquezas para o exterior só não tem medalha. O soldado que mata o pasteleiro na esquina só não bate continência.

Salve-se quem puder disse um delegado. O que resta pra nós?

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