Fazia anos que eu não tinha um ano assim, cheio de
revelações que me partem o coração e alimentam a minha desconfiança. Não que
tenha sido um ano ruim, pelo contrário, também realizei sonhos e estou
inclusive vivendo um, mas o que isso tem haver com o título deste post?
Desde a minha pré-adolescência eu sonhava em ver um show da
rainha da música pop Madonna. Álbuns de fotos, discos, fitas, cd’s, pôsteres,
enfim, tudo o que envolvia a diva despertava o meu interesse. E ao ver pela
tela da televisão shows como Blonde Ambition e The Girlie Show me instigavam a
estar lá, na primeira fila.
Anos literalmente se passaram e ela veio a Porto Alegre.
Despedida do Olímpico Monumental. Dois acontecimentos marcantes, duas paixões,
e o desespero para conseguir o ingresso. Mas não deu. Juntei daqui e dali e
tinha o suficiente para comprar direto, sem intermediários, mas eles haviam
acabado e aquela famosa frase de padaria me veio à cabeça ”O sonho acabou”.
Mas como já previa o meu marido, em uma promoção, acabei
faturando ingressos de pista simples. Assim, dia 09 de dezembro lá estava eu
exibida com a minha barriga comprando uma camiseta XL com foto da minha ídola
mor.
Só que a bela resolveu atrasar quase 4 horas, e para quem
estava acomodada lá no cantinho seguro do fundão, foi possível observar o
quanto de energia do público se perdeu. Playback escancarado, e a desculpa de
um resfriado, Madonna não empolgou aqueles que foram vencidos pelo cansaço,
pois ela mesma parecia estar ali por estar.
Depois de mais de 20 anos esperando para pisar no mesmo
local da rainha da música, acabei saindo durante uma das músicas que mais
gosto: Like a prayer. A dor nas pernas, costas e barriga, somado ao desrespeito
pelos fãs (e neste caso sou obrigada a dizer a Madonna que Lady Gaga realmente
não é ela, pois esta última não deixou os seus monstros gaúchos esperando),
fizeram toda a paixão que resistiu a juventude e boa parte da idade adulta
esfriar.
Brinco que só não fiquei furiosa por que não gastei com o
ingresso, embora o valor do estacionamento e do cachorro quente com salsicha
fria tenha sido um roubo, pois se eu houvesse gasto o valor da pista Premium
por menos de duas horas de um espetáculo onde o astro principal era o palco,
com certeza teria ficado ainda mais desapontada.
Fico então com a Madonna da década de 80 e 90, cheia de
atitude, energia, fôlego e carisma. Às vezes admirar a distância faz mais bem.
É, Déa, ouvi isso mesmo de muita gente que foi, inclusive da minha prima que tinha ido no outro show (há alguns milhares de anos atrás), em São Paulo, e tinha amado!
ResponderExcluirBjs
Pois eh, Lú! Foi uma pena. Bjos
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