quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Minha decepção musical de 2012


 
Fazia anos que eu não tinha um ano assim, cheio de revelações que me partem o coração e alimentam a minha desconfiança. Não que tenha sido um ano ruim, pelo contrário, também realizei sonhos e estou inclusive vivendo um, mas o que isso tem haver com o título deste post?
Desde a minha pré-adolescência eu sonhava em ver um show da rainha da música pop Madonna. Álbuns de fotos, discos, fitas, cd’s, pôsteres, enfim, tudo o que envolvia a diva despertava o meu interesse. E ao ver pela tela da televisão shows como Blonde Ambition e The Girlie Show me instigavam a estar lá, na primeira fila.
Anos literalmente se passaram e ela veio a Porto Alegre. Despedida do Olímpico Monumental. Dois acontecimentos marcantes, duas paixões, e o desespero para conseguir o ingresso. Mas não deu. Juntei daqui e dali e tinha o suficiente para comprar direto, sem intermediários, mas eles haviam acabado e aquela famosa frase de padaria me veio à cabeça ”O sonho acabou”.
Mas como já previa o meu marido, em uma promoção, acabei faturando ingressos de pista simples. Assim, dia 09 de dezembro lá estava eu exibida com a minha barriga comprando uma camiseta XL com foto da minha ídola mor.
Só que a bela resolveu atrasar quase 4 horas, e para quem estava acomodada lá no cantinho seguro do fundão, foi possível observar o quanto de energia do público se perdeu. Playback escancarado, e a desculpa de um resfriado, Madonna não empolgou aqueles que foram vencidos pelo cansaço, pois ela mesma parecia estar ali por estar.
Depois de mais de 20 anos esperando para pisar no mesmo local da rainha da música, acabei saindo durante uma das músicas que mais gosto: Like a prayer. A dor nas pernas, costas e barriga, somado ao desrespeito pelos fãs (e neste caso sou obrigada a dizer a Madonna que Lady Gaga realmente não é ela, pois esta última não deixou os seus monstros gaúchos esperando), fizeram toda a paixão que resistiu a juventude e boa parte da idade adulta esfriar.
Brinco que só não fiquei furiosa por que não gastei com o ingresso, embora o valor do estacionamento e do cachorro quente com salsicha fria tenha sido um roubo, pois se eu houvesse gasto o valor da pista Premium por menos de duas horas de um espetáculo onde o astro principal era o palco, com certeza teria ficado ainda mais desapontada.
Fico então com a Madonna da década de 80 e 90, cheia de atitude, energia, fôlego e carisma. Às vezes admirar a distância faz mais bem.

2 comentários:

  1. É, Déa, ouvi isso mesmo de muita gente que foi, inclusive da minha prima que tinha ido no outro show (há alguns milhares de anos atrás), em São Paulo, e tinha amado!
    Bjs

    ResponderExcluir

Olá! É bom ter você por aqui. Em breve o seu comentário será postado. Dúvidas e sugestões são sempre bem recebidos.