terça-feira, 28 de junho de 2011

3º Encontro do Clube de Leitura


O terceiro encontro do Clube de Leitura promete ser muito especial, pois tem a confirmação da participação do autor da obra a ser debatida: Michel Laub.

O livro é o recém lançado Diário da Queda, estou ainda no início da leitura, mas estou achando muito interessante a forma narrativa: ele é por itens/notas. Em breve irei colocar a resenha com a minha opinião no blog http://literamandoliteraturando.blogspot.com/.

Sinopse: Um garoto de treze anos se machuca numa festa de aniversário. Quando adulto, um de seus colegas narra o episódio. A partir das motivações do que se revela mais que um acidente, cujas consequências se projetam em diversos fatos de sua vida nas décadas seguintes - a adolescência conturbada, uma mudança de cidade, um casamento em crise -, ele constrói uma reflexão sobre identidade, afeto e perda. Dessa reflexão fazem parte também as trajetórias de seu pai, com quem o protagonista tem uma relação difícil, e de seu avô, sobrevivente de Auschwitz que passou anos escrevendo um diário secreto e bizarro. São três gerações, cuja história parece ser uma só; são lembranças que se juntam de maneira fragmentada, como numa lista em que os fatos carregam em si tanto inocência quanto brutalidade.

Ficou interessado? Para participar, basta enviar um e-mail para clubedeleitura@penguincompanhia.com.br com o nome completo e telefone de contato.
Cidade: Porto Alegre
O que: Clube de Leitura Penguin-Companhia/Livraria Cultura
Quando: Sábado, 9 de julho
Livro: Diário da queda, de Michel Laub. Companhia das letras, 2011
Horário: 16h às 17h
Local: Livraria Cultura do Shopping Bourbon Country

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Encarangada


Nasci em janeiro, em pleno o verão de um país tropical, sou apaixonada por praia, sorvete e suco de melancia bem gelado. Acredito que não exista nada melhor do que caminhar no final da tarde em um parque para relaxar. Saladas diversas nas refeições, uma calça e uma blusa já me deixam vestida e pronta para sair.

Mas eu também moro no Sul, onde no inverno um vento minuano machuca a pele ao passar. Em um dia como hoje, as pontas dos dedos há muito deixaram de ser sentidas. Existe uma necessidade imensa de comida quente. Resisto beber qualquer coisa, só para evitar ir ao banheiro. Roupas e mais roupas me apertam, impedindo qualquer movimento de maior intensidade.

Não posso dizer que sai de casa ao amanhecer, pois a noite ainda dominava o céu quando coloquei a ponta do nariz para fora da porta. Senti medo do vento que balançou o meu carro ao andar. E desejei mil vezes ter ganhado na mega-sena acumulada. Mas ao olhar para o lado e ver crianças com roupas fininhas e pessoas encolhidas embaixo de jornais, me arrependo de minhas reclamações. Por mais difícil que seja ir trabalhar, estou indo de forma quentinha, e tenho um lugar protegido para voltar.

Só não vou aceitar que alguém me diga hoje que gosta de inverno. Pode debochar que o meu time perdeu, olhar de cara feia para o meu dedo machucado e até mesmo dizer que pareço um embrulho de natal. Mas dizer que este frio é uma delícia, eu não admito.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Feriadão



Pois é, como o sol não é para todos, não terei feriadão. Com isso, resolvi espiar o que se pode fazer na quinta e no final de semana, pois não existe nada melhor do que aproveitar uma Porto Alegre vazia.

Algumas coisas que eu encontrei:

• Cinema: Dois filmes estão me chamando a atenção. Meia Noite em Paris do Woody Allen já começa pelo local onde foi filmado, pois embora eu ainda não conheça, não existe cidade que me atraia como a capital francesa, e os filmes do Woody Allen costumam ser maravilhosos. Qualquer Gato Vira-Lata é uma comédia brasileira, me parece ser bem leve, o que pode ser uma gostosa forma de passar à tarde de quinta, já que sexta é dia de são pega.
• Dança: Sábado começa o Sul em Dança na cidade de São Leopoldo. Diferentes ritmos e performances especiais são prometidos para o público.
• Exposições: A Linha Incontornável de Iberê Camargo exibe desenhos produzidos com grafite, bico de pena, esferográfica entre outros. A exibição é na fundação do mesmo e a entrada é franca.
• Show: Tem Kleiton & Kledir no teatro São Pedro, uma chance de dar tchau para o baixo astral.

É claro que se estiver chovendo amanhã, a melhor opção é ficar enrolada em um edredom, de preferencia com um bolo bem gostoso acompanhado de uma xícara de chá. Se no sábado der sol, uma caminhada no parque entra para o grupo de boa pedida. Mas se o final de semana for ruim mesmo, nada como um livro e o meu amor do lado. Afinal, preciso terminar de ler O Vinhedo e começar a ler Diário da Queda, livro do terceiro encontro do clube de leitura que acontece na livraria cultura, que semana que vem vou comentar com mais detalhes em um novo post.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Nadando entre os carros



Em Porto Alegre, em uma rua de grande movimento da cidade, existe um Dilúvio. Só de olhar para ele é possível identificar o relacionamento que os porto-alegrenses possuem com a sua cidade.

Cheio de lixo é possível ver entre espumas e garrafas pets uma amostra do desrespeito com o meio ambiente. Embaixo de suas pontes, encontramos restos do que seria um ser humano, uma mistura de pessoas perdidas, viciados e ladrões, resultado do fechar de olhos de toda a sociedade.

Nos últimos tempos também é possível encontrar carros. Vários deles. Sinal claro do desrespeito no trânsito. Parar ali é resultado, mais do que a falta de proteção do dilúvio, dos motoristas andarem acima do limite de velocidade, combinarem bebida e direção, cortar a frente do condutor ao lado, e outras cositas naturais de quem compra uma carteira e não aprende a dirigir.

Os carros nadando no dilúvio são o espelho mais claro da ignorância que domina Porto Alegre. Uma população que adora discutir política, mas que é incapaz de olhar para o outro ou buscar soluções em conjunto, cujo dedo está sempre apontado para o próximo e os olhos no próprio umbigo.



* Foto retirada do site da Zero Hora.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Desejos

Desejo de caminhar por um parque verde em uma tarde de sol, se estiver calor fica ainda melhor, assim poderia estender uma canga na grama e deixar o tempo passar através das páginas de um romance nem assim tão bobo, mas também nem tão sério.

Desejo de comer bolo com chá, enrolada no cobertor, assistindo Curtindo a vida adoidado e pensando se nos carros de hoje seria possível andar de ré e retroceder toda a quilometragem.

Desejo de viajar de avião em um dia de céu azul, vendo as nuvens passear no céu, desobrigadas de pagarem impostos e com uma liberdade de quem só parece ser feito de algodão poderia ter.

Desejo de estar em um local quente, usando bermuda e regata, tomando um belo sorvete de doce de leite, de mãos dadas com aquele que chamarei eternamente de namorado.

Talvez eu devesse sair em busca de uma lâmpada mágica, mesmo que dela não saísse nenhum gênio, só em sua procura pelos quatro cantos do mundo já seria possível realizar todos os meus desejos.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Esquecer



Li em uma revista que um dos passos para ser feliz é esquecer todas as mágoas. Tem sentido e acho uma ação muito fácil...na teoria. Todos nós temos algo que nos incomoda no passado. Pode ser aquele “eu te amo” trancado na garganta, uma questão assinalada errada, um atraso de cinco minutos, uma ida ao banheiro quando o telefone tocou. Isso é esquecido quando se encontra um novo amor, se é aprovado em outro teste ou se recebe um novo telefonema com notícias bem melhores.

Mas existem fatos que não podem ser esquecidos. Cuja mágoa é colocada lá no fundo do coração, longe do cérebro, numa tentativa infantil de ser esquecida pelos pensamentos. Mas um belo dia, uma situação, filme, comercial de margarina ou até mesmo a TPM clássica funcionam como um gatilho. A dor volta, as lágrimas escorrem, e velhas questões nos atingem como um caminhão. Neste momento não é possível ser racional, mas quando se consegue ter um leve momento de lucidez, podemos perceber o quanto aquele grão ainda interfere nas nossas decisões e julgamentos.

Esquecer o superficial é fácil, mas apagar uma perda é impossível. Talvez uma lobotomia. Mas a verdade é que só o tempo nos resta, para amadurecer e crescer, e assim aprender a não deixar essa dor interferir nas decisões do presente e aumentar ainda mais o sofrimento no futuro. Ao contrário do que diz a revista, nem sempre podemos esquecer e algumas vezes a lição a ser aprendida não é nossa.

Nesta questão sem solução, talvez o melhor seja se deixar chorar, para depois lembrar de tudo de bom que nos cerca e buscar um sorriso na nossa própria face como se fosse um arco-íris após a tempestade.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Debaixo dos caracóis

Dizem que toda mulher é insatisfeita com a aparência. Mas só quem tem cabelo cacheado e viveu no período onde cremes para pentear não existiam sabe como é difícil viver com cachos rebeldes que nos transformam em clones de Leão ao acordar ou seres um tanto exóticos.

Lembro que testei vários cortes de cabelo, muitas vezes utilizando o famoso Joãozinho, para tentar não me atrasar tanto pela manhã. Aliás, o cabelo molhado era uma rotina tanto no inverno como no verão, já que o secador era objeto proibido.

Os cremes para pentear permitiram deixar que os fios se tornassem longos, mas não eliminaram a lavagem matutina. Um alivio para o problema, mas não a solução definitiva, que atraia uma gripe continua no inverno.

Depois começaram a surgir às escovas. A primeira que ouvi falar foi a japonesa (que na minha opinião, acabou com o cabelo da Fátima Bernardes). Até chegar as progressivas e definitivas, que por terem produtos químicos fortes, não são recomendados para pessoas alérgicas como eu.

Então quando eu me conformava em passar o resto da vida com os caracóis, encontrei uma reportagem sobre uma progressiva orgânica, que prometia alisar sem utilizar produtos químicos. Logo apareceu uma oferta nestes sites de compras, adquiri um voucher, mas o salão fechou e eu fiquei sem a escova (e só recebi a devolução do valor dois meses depois).

Em um ato de coragem, deixei o meu lado Tio Patinhas e marquei horário na Top Internacional do Iguatemi e fiz a escova com a Janine. Uma frase: foi o melhor investimento da minha vida. O cabelo não perdeu os cachos, mas basta fazer uma escova e passar a chapinha que ele fica naturalmente liso. Fora o brilho e o movimento.

Já fiz a escova há um mês, ele continua bem tratado, extremamente macio ao tocar, e o melhor, como não preciso mais lavar o cabelo de manhã cedo, não fico mais gripada e a minha renite fica devidamente controlada. Super indico a escova tanto para quem quer uma hidratação eficiente como quem deseja ficar lisa. Eu, pelo menos, ando feliz da vida com o meu novo visual.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Peça: Os homens são de marte... e é pra lá que eu vou



Para as gaúchas que não foram assistir “Os homens são de marte... e é pra lá que eu vou” em 2010, ganharam uma nova oportunidade agora no mês de junho. O monólogo de Mônica Martelli diverte, encanta e faz TODAS as mulheres se identificarem em algum momento com a personagem Fernanda, uma balzaquiana em busca do amor.

Fui acompanhada pela minha mãe e nos divertimos muito, e até hoje brincamos usando uma fala da personagem. Nos encontros e desencontros de Fernanda enxergamos nossas desilusões, encontros, promessas quebradas e os dilemas da mulher moderna. Somado ao texto ritmado está toda a simpatia da atriz Mônica Martelli que faz o tempo voar naquele breve período onde uma pequena parte da alma feminina pode ser desvendadas pelos acompanhantes masculinos.

A peça será apresentada nos dias 17 e 18 de junho no teatro do Bourbon Country. Maiores informações aqui.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O mistério dos 50%


Neste final de semana acabei realizando uma busca por um tipo de leite específico, já que na rede aonde vou tradicionalmente o produto havia desaparecido. Acabei entrando em um mercado que tem como hábito anunciar grandes ofertas. Como eu tinha interesse objetivo em um produto, apenas peguei seis unidades e me fui para a pequena fila do caixa rápido.

Enquanto aguardava o atendimento dos vinte clientes que estavam na minha frente, uma voz se elevou em um dos caixas e um bate boca entre um senhor e o gerente começou. Entre frases do tipo “se o senhor não quer pagar é só não levar” e “a questão não é essa”, uma senhora que estava na mesma fila, mas ao meu lado (sim, a fila já estava fazendo voltas), comentou com um homem à sua frente que ela ia exigir o cinquenta por cento no segundo produto também.

Foi neste momento que vi várias placas penduradas pelo supermercado indicando que o consumidor teria 50% de desconto na compra de uma segunda unidade. Quando passei no caixa, minhas seis unidades do mesmo produto foram cobradas todas com o preço integral. Não comentei nada, mas observei que a Caixa estava esperando alguma reação, mas sai com a sensação de propaganda enganosa.

Ao fazer uma pesquisa na Internet, descobri que o tal desconto é apenas para alguns produtos e que isto estaria nas letras pequenas do cartaz (que ao contrário do que se pensa, não são nada visíveis em comparação com os demais que só indicam a tal promoção).

Não sou cliente do tal mercado, e provavelmente só voltarei a comprar em caso excepcional, mas creio que a rede deveria rever o marketing da tal promoção, pois as confusões e brigas irão continuar e a fama de ser um mercado que anuncia uma coisa e faz outra tende a se espalhar.