Em Porto Alegre, em uma rua de grande movimento da cidade, existe um Dilúvio. Só de olhar para ele é possível identificar o relacionamento que os porto-alegrenses possuem com a sua cidade.
Cheio de lixo é possível ver entre espumas e garrafas pets uma amostra do desrespeito com o meio ambiente. Embaixo de suas pontes, encontramos restos do que seria um ser humano, uma mistura de pessoas perdidas, viciados e ladrões, resultado do fechar de olhos de toda a sociedade.
Nos últimos tempos também é possível encontrar carros. Vários deles. Sinal claro do desrespeito no trânsito. Parar ali é resultado, mais do que a falta de proteção do dilúvio, dos motoristas andarem acima do limite de velocidade, combinarem bebida e direção, cortar a frente do condutor ao lado, e outras cositas naturais de quem compra uma carteira e não aprende a dirigir.
Os carros nadando no dilúvio são o espelho mais claro da ignorância que domina Porto Alegre. Uma população que adora discutir política, mas que é incapaz de olhar para o outro ou buscar soluções em conjunto, cujo dedo está sempre apontado para o próximo e os olhos no próprio umbigo.
* Foto retirada do site da Zero Hora.
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