terça-feira, 5 de abril de 2011

Um monstro chamado Ansiedade

Nas últimas semanas tenho me lembrado do livro “Confissões de Adolescente”. Tinha uma parte no livro que falava sobre um monstro que pulsa dentro da gente, que rosna, pula e grita. A impressão que eu tenho é que agora, já balzaquiana, eventualmente esse monstro me faz uma visita.

Hoje eu o chamaria de Ansiedade, ele é tão forte que faz o meu estomago doer. Outras vezes, ele sabota a minha dieta, compulsivo por doces e massas. Ele também me deixa dormente, sem vontade de ir a academia. O problema é quando ele encontra a Dona TPM e se torna violento, abrindo a minha boca para falar mais rápido do que a mente pode avaliar.

Mas eu sei a razão dele estar aqui. Sou o que chamam de adolescente tardia, que ainda vive com a mamãe e apesar de ter muitas responsabilidades profissionais, ainda se sente segura ao receber um colo e um cafuné. Só que 2011 é um ano de mudanças, profundas e definitivas, o que me fez descobrir que amadurecer também dói.

Em menos de oito meses estarei enfrentando um outro tipo de realidade, algumas cobranças e outros desafios. Pois ser realmente dono do próprio nariz implica em abandonar o ninho, cortar o cordão umbilical. O fato de ter demorado tanto faz as minhas pernas tremerem, e medos absurdos me assolam eventualmente tarde da noite.

Como alimento para esse monstro está o stress de ter comprado um apartamento na planta e o mesmo estar atrasado e ver que todos os itens necessários para realizar um casamento são um abuso de caro. Parecem sinais para não sair de casa.

Mas como a minha mãe, preciso crescer e encarar o mundo em sua totalidade. Respiro fundo, procuro pelo sol e me convenço de que as minhas pernas estão fortes suficientes para desbravar o mundo. Agora basta convencer o monstro para ele voltar a dormir.

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