Antes de entrar em Nápoles é possível ver vários carros queimados, amontoados, jogados. Nos primeiros prédios, roupas estendidas nas janelas. São calças, calcinhas, camisas e meias, expondo a intimidade daqueles que nos são estranhos.
Também é possível ver muitos containeres, empilhados, de várias cores, aguardando por alguém.
Todas essas imagens me remeteram ao livro Gomorra. Foi impossível não deixar a imaginação voar, pensando sobre como cada carro foi destruído, ou o que guardava cada caixa de metal.
Curiosamente, foi o lugar que menos fiquei e menos tenho vontade de voltar. Talvez seja influência da literatura o sentimento de insegurança que me afligiu pelo curto período de tempo que ali estive e não me fez reclamar por não descer em nenhum ponto.
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