quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nem nos meus sapatos

Toda a mulher tem fascínio por sapatos, de preferência com saltos bem altos e detalhes diferenciados. Algumas chegam ter centenas de pares desse objeto que caminha entre a necessidade e o fetiche.
No meu caso sapatos são objetos de desejo e inveja. Calma, não se assuste, já explico a razão de um termo tão forte. Minha inveja se refere a quem pode utilizá-los. Sim, pois compro no máximo um sapato por ano, visto que é quase impossível achar um que se adapte aos meus delicados (para não dizer anormais) pés.
Estou quase firmando uma sociedade com a band-aid de tantos que utilizo no verão, visto que até as chamadas sandálias da linha confort provocam bolhas nos meus dedos e calcanhares. Quando se trata das normais, consigo a proeza de chegar a cortar aquela parte fofa embaixo do pé.
Já me disseram que tudo é questão de hábito. A sugestão é me tornar masoquista, abandonar os meus fiéis tênis e suportar até o pé ganhar resistência. Embora não seja promessa de ano novo, estou tentando. Mas como ninguém me disse que não poderia tirá-los, estou agora com eles livres, leves e doloridos, enquanto a minha sandália carrasca aguarda próxima a minha menor necessidade de deslocamento.

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